⚠️ Esta é a versão mais recente e atualizada da aula
📅 Data de atualização: 15/03/2025Tales, o primeiro filósofo ocidental, acreditava que a arché (princípio fundamental) de todas as coisas era a água. Ele procurava explicações naturais e lógicas, afastando-se de mitos e sobrenaturalismos, considerando a água como o elemento originário de tudo o que existe.
HeráclitoHeráclito defendia que a única constante no universo é a mudança. Ele acreditava que tudo está em fluxo contínuo e que o fogo simboliza essa transformação. O conflito entre opostos, como vida e morte, era visto como essencial para o equilíbrio e harmonia do cosmos.
ParmênidesEm oposição a Heráclito, Parmênides afirmava que a verdadeira realidade é imutável, eterna e indivisível. Ele negava a mudança e o movimento, considerando-os ilusões sensoriais. O ser era visto como o único elemento real e eterno, influenciando a metafísica ao questionar a natureza da realidade.
DemócritoDemócrito foi defensor da teoria atômica, propondo que a realidade é composta por átomos e vazio. Ele acreditava que tudo no universo é formado por pequenas partículas indivisíveis e em movimento, antecipando conceitos modernos da física e da química.
1) Como a visão de Parmênides sobre a imutabilidade do ser pode ser relacionada à busca de uma identidade estável e duradoura na sociedade contemporânea, onde as pessoas frequentemente buscam se definir por características fixas ou permanentes?
2) Considerando a ideia de Heráclito de que a mudança constante é a única constante no universo, como essa visão pode ser aplicada à fluidez da identidade na sociedade contemporânea, onde as identidades pessoais e sociais estão em constante transformação e adaptação às novas circunstâncias e influências culturais?
Aquilo que é quente necessita de umidade para viver, e o que é morto seca, e todos os germes são úmidos, e todo alimento é cheio de suco; ora, é natural que cada coisa se nutra daquilo de que provém.
SIMPLÍCIO. In: BORNHEIM, G. A. Os filósofos pré-socráticos. São Paulo: Cultrix, 1993.
O fragmento atribuído ao filósofo Tales de Mileto é característico do pensamento pré-socrático ao apresentar uma:A maior parte dos primeiros filósofos considerava como os únicos princípios de todas as coisas os que são da natureza da matéria. Aquilo de que todos os seres são constituídos, e de que primeiro são gerados e em que por fim se dissolvem. Pois deve haver uma natureza qualquer, ou mais do que uma, donde as outras coisas se engendram, mas continuando ela a mesma.
ARISTÓTELES. Metafísica. São Paulo: Abril Cultural, 1973.
O texto aristotélico, ao recorrer à cosmogonia dos pré-socráticos, salienta a preocupação desses filósofos com a:A representação de Demócrito é semelhante à de Anaxágoras, na medida em que um infinitamente múltiplo é a origem; mas nele a determinação dos princípios fundamentais aparece de maneira tal que contém aquilo que para o que foi formado não é, absolutamente, o aspecto simples para si. Por exemplo, partículas de carne e de ouro seriam princípios que, através de sua concentração, formam aquilo que aparece como figura.
HEGEL, G. W. F. Crítica moderna. In: SOUZA, J. C. (Org.). Os pré-socráticos: vida e obra. São Paulo: Nova Cultural, 2000 (adaptado).
O texto faz uma apresentação crítica acerca do pensamento de Demócrito, segundo o qual o “princípio constitutivo das coisas” estava representado pelo(a):Todas as coisas são diferenciações de uma mesma coisa e são a mesma coisa. E isto é evidente. Porque se as coisas que são agora neste mundo — terra, água, ar e fogo e as outras coisas que se manifestam neste mundo —, se alguma destas coisas fosse diferente de qualquer outra, diferente em sua natureza própria e se não permanecesse a mesma coisa em suas muitas mudanças e diferenciações, então não poderiam as coisas, de nenhuma maneira, misturar-se umas às outras, nem fazer bem ou mal umas às outras, nem a planta poderia brotar da terra, nem um animal ou qualquer outra coisa vir à existência, se todas as coisas não fossem compostas de modo a serem as mesmas. Todas as coisas nascem, através de diferenciações, de uma mesma coisa, ora em uma forma, ora em outra, retomando sempre a mesma coisa.
DIÓGENES. In: BORNHEIM, G. A. Os filósofos pré-socráticos. São Paulo: Cultrix, 1967.
O texto descreve argumentos dos primeiros pensadores, denominados pré-socráticos. Para eles, a principal preocupação filosófica era de ordem: