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📅 Data de atualização: 15/03/2025Smith defendia um Estado com um papel mínimo na economia, focado em defesa, justiça e infraestrutura. A "mão invisível" é a ideia de que, ao buscar seus próprios interesses, os indivíduos promovem o bem-estar coletivo, sem necessidade de intervenção estatal. A concorrência regula a economia, garantindo maior eficiência na produção e alocação de recursos. A especialização das tarefas aumenta a produtividade, e a busca pelo lucro impulsiona a inovação. Para Smith, a liberdade econômica é fundamental, e a proteção da propriedade privada é essencial para o capitalismo. O valor das mercadorias é determinado pelo trabalho necessário para produzi-las.
Marx acreditava que as condições materiais e econômicas determinam a estrutura social e ideológica. A história é marcada pela luta de classes, sendo no capitalismo entre burgueses e proletários. A mais-valia, que é o valor criado pelos trabalhadores além do salário, é apropriada pelos capitalistas, resultando em exploração. A alienação ocorre quando os trabalhadores não controlam o produto de seu trabalho. Marx via o capitalismo como um sistema contraditório, que levaria à revolução proletária. Seu objetivo era a criação de uma sociedade sem classes, onde as necessidades humanas seriam atendidas coletivamente e o Estado desapareceria. A ideologia dominante serve para justificar a exploração, e a consciência de classe é essencial para a libertação dos trabalhadores.
[...] O mercado não é bom ou ruim, ele é apenas a forma mais eficiente de organizar a economia e levar pessoas à prosperidade. Compradores e vendedores definindo seus próprios preços é a forma mais eficiente de se organizar uma economia moderna. O livre mercado, segundo Adam Smith, é a “mão-invisível” que organiza a produção de forma a aumentar lucro e eficiência na economia, ao mesmo tempo que os preços caem para os compradores [...]
Disponível em: https://novo.org.br/explica/entenda-o-que-e-o-mercado-e-como-ele-tira-as-pessoas-da-pobreza/
[...] Assim a riqueza que é produzida pelo trabalho, é concentrada em poucas pessoas, que usam todas as justificativas possíveis e impossíveis de serem sustentadas histórica e ideologicamente. Ao longo de séculos, foram utilizadas justificativas como providência divina, meritocracia, vontade de Deus, inteligência superior e outros artifícios para legitimar as desigualdades entre as pessoas. Portanto, é possível concluir que a produção da riqueza do trabalho, só está servindo para fazer os ricos ficarem cada vez mais ricos. [...]
Disponível em: https://www.brasildefato.com.br/colunista/economia-e-democracia/2022/03/03/para-onde-vai-a-riqueza-produzida-pelo-trabalho/
1) Quais são as principais diferenças entre Adam Smith e Karl Marx em relação ao Estado e à sociedade?
2) Como as ideias de Smith e Marx são refletidas em debates políticos atuais? Dê exemplos concretos.
3) Como a "mão invisível" do mercado descrita em algum dos textos acima garante a redução dos preços e o aumento da eficiência, considerando que compradores e vendedores ajustam seus próprios preços, segundo a filosofia política de Sobre Adam Smith?
4) De acordo com algum dos textos acima, como as justificativas ideológicas utilizadas ao longo da história contribuem para legitimar a concentração de riqueza produzida pelo trabalho, segundo a filosofia política de Karl Marx?
De acordo com Karl Marx, a principal causa das desigualdades sociais está relacionada:
ENEM 2023 - Sociologia
A sociedade burguesa moderna, que surgiu do declínio da sociedade feudal, não aboliu os antagonismos de classes. Não fez senão estabelecer novas classes, novas condições de opressão, novas formas de luta em lugar das anteriores. Entretanto, a nossa época, a época da burguesia, caracteriza-se por ter simplificado os antagonismos de classe. Toda a sociedade está se dividindo, cada vez mais, em dois grandes campos hostis, em duas grandes classes em confronto direto: a burguesia e o proletariado.
MARX, K.; ENGELS, F. O manifesto do Partido Comunista. São Paulo: Boitempo, 2010 (adaptado).
Típico de sociedades urbanas industriais, o conflito social apresentado no texto é uma consequência da:
TEXTO I
Cidadão
Tá vendo aquele edifício, moço?
Ajudei a levantar
Foi um tempo de aflição
Eram quatro condução
Duas pra ir, duas pra Ir para índice
Hoje depois dele pronto
Olho pra cima e fico tonto
Mas me vem um cidadão
E me diz desconfiado
“Tu tá aí admirado
Ou tá querendo roubar?”
Meu domingo tá perdido
Vou pra casa entristecido
Dá vontade de beber
E pra aumentar meu tédio
Eu nem posso olhar pro prédio
Que eu ajudei a fazer.
BARBOSA, L. In: ZÉ RAMALHO. 20 Super Sucessos. Rio de Janeiro: Sony
Music, 1999 (fragmento).
TEXTO II
O trabalhador fica mais pobre à medida que produz mais riqueza e sua
produção cresce em força e extensão. O trabalhador torna-se uma
mercadoria ainda mais barata à medida que cria mais bens. Esse fato
simplesmente subentende que o objeto produzido pelo trabalho, o seu
produto, agora se lhe opõe como um ser estranho, como uma força
independente do produtor.
MARX, K. Manuscritos econômicos-filosóficos (Primeiro manuscrito).
São Paulo: Boitempo Editorial, 2004 (adaptado).