Tales, o primeiro filósofo ocidental, acreditava que a arché (princípio fundamental) de todas as coisas era a água. Ele procurava explicações naturais e lógicas, afastando-se de mitos e sobrenaturalismos, considerando a água como o elemento originário de tudo o que existe.
Heráclito defendia que a única constante no universo é a mudança. Ele acreditava que tudo está em fluxo contínuo e que o fogo simboliza essa transformação. O conflito entre opostos, como vida e morte, era visto como essencial para o equilíbrio e harmonia do cosmos.
Em oposição a Heráclito, Parmênides afirmava que a verdadeira realidade é imutável, eterna e indivisível. Ele negava a mudança e o movimento, considerando-os ilusões sensoriais. O ser era visto como o único elemento real e eterno, influenciando a metafísica ao questionar a natureza da realidade.
Demócrito foi defensor da teoria atômica, propondo que a realidade é composta por átomos e vazio. Ele acreditava que tudo no universo é formado por pequenas partículas indivisíveis e em movimento, antecipando conceitos modernos da física e da química.
Os sofistas foram filósofos e educadores itinerantes da Grécia Antiga, ativos no século V a.C. Eles se destacaram por ensinar retórica, política e moralidade em troca de pagamento. Ao contrário de filósofos como Sócrates, que buscavam a verdade absoluta, os sofistas eram relativistas, defendendo que a verdade era subjetiva e dependia do ponto de vista de cada pessoa. Eles enfatizavam a habilidade de argumentar de forma convincente, em vez da busca pela verdade objetiva, o que gerou críticas de filósofos como Platão e Aristóteles. A retórica era uma ferramenta central em seu ensino, permitindo-lhes persuadir com discursos, mesmo sem base em princípios universais.
É um dos filósofos mais importantes da história da filosofia ocidental e é conhecido por seu método de ensino, o "método socrático", que consiste em fazer perguntas para estimular o pensamento crítico e levar as pessoas a questionar suas próprias crenças. Sócrates acreditava que o conhecimento não era algo que poderia ser simplesmente transmitido, mas algo que deveria ser descoberto através do diálogo e da reflexão. Para Sócrates, a busca pela verdade era essencial.
Platão acreditava que o mundo sensível, percebido pelos nossos sentidos, era apenas uma cópia imperfeita de um mundo superior, o mundo das Ideias ou Formas. Para Platão, as Formas são realidades eternas, imutáveis e perfeitas, e a verdadeira compreensão do mundo só pode ser alcançada por meio da razão e da contemplação dessas Formas, e não pela simples observação sensorial. A razão deve governar as outras duas partes, estabelecendo harmonia na vida humana. Platão também influenciou o pensamento sobre a política, a ética, a metafísica e a epistemologia, legando uma filosofia que buscava compreender a verdade além das aparências.
A Alegoria da Caverna descreve uma representação, onde homens estão acorrentados desde a infância, vendo apenas sombras projetadas na parede por um fogo atrás deles. Eles acreditam que essas sombras são a realidade, pois nunca puderam se mover ou olhar para outro lado. Se um prisioneiro fosse libertado e forçado a olhar para a luz fora da caverna, ele sofreria ao tentar distinguir os objetos reais daquelas sombras. Inicialmente, ele acharia as sombras mais verdadeiras, pois sua visão ainda seria prejudicada. Mesmo que ele tentasse convencer os outros prisioneiros sobre a verdadeira realidade, eles zombariam dele, considerando-o tolo, e poderiam até matá-lo se tentasse libertá-los