Aula 6

2º Trimestre

3º ano

Filosofia

Tema: Preparatório ENEM - parte 3

Filosofia Medieval: Patrística e Escolástica

Patrística (Séc. II–VIII)

É o período do pensamento cristão em que os Pais da Igreja buscaram consolidar a doutrina cristã e defendê-la contra críticas e heresias. Este movimento se caracteriza por integrar a fé cristã com a filosofia greco-romana, especialmente o platonismo.

Principais características

Santo Agostinho (354–430)

Um dos maiores pensadores da Patrística, Agostinho foi influenciado pelo platonismo e deixou contribuições profundas para a filosofia, teologia e ética cristãs. É um dos mais importantes filósofos cristãos, representando uma síntese entre a tradição filosófica greco-romana, especialmente o platonismo, e a doutrina cristã. Sua filosofia aborda questões fundamentais sobre Deus, o homem, o mal, o tempo e a história, buscando integrar fé e razão. Santo Agostinho foi influenciado pelo neoplatonismo de Plotino e pelos ensinamentos cristãos. Ele adaptou conceitos filosóficos clássicos para construir uma visão cristã do mundo. Sua obra surge em um período de transição do pensamento greco-romano para a visão cristã medieval

Principais ideias

Escolástica

A Escolástica foi o principal movimento filosófico e teológico da Idade Média (Séc. IX–XIV), caracterizado pelo esforço de integrar a fé cristã com a razão, utilizando métodos rigorosos de argumentação. Originada nas escolas monásticas e catedrais, seu nome vem do termo latino scholasticus, que significa "relativo à escola". A Escolástica se desenvolveu em um período em que a Europa estava sendo reorganizada política e culturalmente. Com a fundação de universidades, como a de Paris e a de Bolonha, cresceu o interesse por questões filosóficas e teológicas, impulsionado pela redescoberta das obras de Aristóteles traduzidas para o latim.

São Tomás de Aquino (1225–1274)

Foi um dos maiores filósofos e teólogos da Idade Média, conhecido por sua tentativa de conciliar a fé cristã com a razão, especialmente através do pensamento de Aristóteles. Ele acreditava que fé e razão não eram opostas, mas complementares, ambas conduzindo ao conhecimento de Deus. Por meio de sua obra mais famosa, a *Suma Teológica*, Tomás sistematizou o pensamento cristão, abordando temas como a existência de Deus, a moral, e os sacramentos. Uma de suas contribuições mais conhecidas são as "Cinco Vias", argumentos racionais para a existência de Deus baseados na observação do mundo: o movimento, a causa, a contingência, os graus de perfeição e a ordem final do universo. Ele também desenvolveu a teoria da lei natural, afirmando que todos os seres humanos possuem a capacidade de discernir o bem e o mal através da razão, participando assim da lei divina. Na ética, Tomás enfatizou as virtudes, divididas em teológicas (fé, esperança e caridade) e cardeais (prudência, justiça, fortaleza e temperança), que guiam o homem em direção ao bem supremo, que é Deus. Ele também utilizou os conceitos aristotélicos de substância e acidente para explicar a transubstanciação na Eucaristia. Tomás de Aquino deixou um legado duradouro, influenciando profundamente a filosofia, a teologia e o pensamento ocidental. Sua obra continua sendo um pilar do cristianismo e uma referência para a relação entre razão e fé.

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